Fios do Tempo “Carl Schmitt entre nós”.

Durante os últimos quinze anos, o advogado e filósofo alemão Carl Schmitt (1888-1985) tornou-se um intelectual de presença constante na imprensa local e nas salas de aula universitárias. Vindo de uma família de classe média baixa, Schmitt tornou-se um dos mais importantes intelectuais conservadores da Europa durante o século XX. As fontes de seu conservadorismo são convencionais para seu tempo: catolicismo, nacionalismo, sua preferência por regimes autoritários em detrimento dos democráticos, bem como uma crítica das consequências da modernização política, econômica e tecnológica. Como teórico e ator político, um evento chave em sua biografia foi sua decisão de apoiar o regime nazista. As razões para essa militância são contestadas, sua saída do partido controvertida, a genuinidade de suas convicções só seu terapeuta saberá (Mehring 2014). Schmitt foi acusado e posteriormente exonerado nos julgamentos de Nuremberg. Ele também foi um dos poucos intelectuais que nunca explicou, negou ou lamentou publicamente sua participação naquele regime, o que significou que ele não pôde voltar a lecionar na universidade após a Segunda Guerra Mundial.

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